domingo, 16 de outubro de 2011

OS TRÊS MOSQUETEIROS (2011)

Ao assistir a estreia da semana, Os Três Mosqueteiros, você terá a impressão que já viu este filme. Não somente por ser mais uma adaptação do clássico de Alexandre Dumas, mas sim pelo o que o diretor Paul W. S. Anderson apresenta. Aliás, não apresenta, pois os elementos presentes no filme já são velhos conhecidos do público cinéfilo.
Não tenho nada contra repetir algumas fórmulas de sucesso, porém tenho a impressão que às vezes não funcionam, não encaixam; como nesta fita.
Por exemplo, o que é a Milla Jovovich, como Milady de Winter, uma agente à La Ethan Hunt em Missão Impossível? Ou habilidosa como outra personagem bem familiar à atriz, Alice, de Resident Evil (que, aliás, é do mesmo diretor, que coincidentemente é marido de Milla)?
Aonde na história de Alexandre Dumas existem navios dirigíveis que lutam entre si como em Piratas do Caribe, com projéteis de canhão que encenam disparos de Matrix?
A trilha sonora das cenas mais dramáticas é clichê e pífia, diminuindo o ritmo de aventura.
Orlando Bloom, o mocinho Will Turner de Piratas do Caribe, desta vez dá vida a um exêntrico vilão Lorde Buckingham, e acredito que aí esteja mais uma gafe da fita: juntamente com o Cardeal Richelieu (Christoph Waltz, o Coronel Landa de Bastardos Inglórios), Buckingham chama mais a atenção do que os mocinhos. 
Aliás, cadê os mocinhos? 
Quando os mosqueteiros Athos (Matthew Macfadyen), Porthos (Ray Stevenson), Aramis (Luke Evans) e o aspirante D'Artagnan (Logan Lerman) aparecem fazendo o que lhes é esperado, ou seja,  lutando com suas espadas, oferecem cenas bem legais, que por sinal deveriam ter sido mais exploradas.
A fotografia do filme, ajudada pela composição rica do figurino de cada personagem, é muito bacana também, passando ao telespectador toda a magnitude da realeza, desde os jardins, passando pelas cenas aéreas, e retratando o interior dos palácios. Assisti em 3D, mas achei dispensável, pois apenas proporcionou um efeito HD.
Tinha assistido ao trailer e me envolvido com um espírito de aventura, porém perdi esta sensação ao conferir as novidades tecnológicas demais para não menos fantástica história ambientada no século XVII de Dumas.

Assista ao trailer:

sábado, 8 de outubro de 2011

AMIZADE COLORIDA (2011)

Para aproveitar o clima da quinta do beijo na Rede Cinesystem, eu e maridão fomos assistir ao despretensioso Amizade Colorida, com o cantor - ator Justin Timberlake e a mais nova estrela de Hollywood Mila Kunis (Cisne Negro). E apesar dos clichês e das previsibilidades de uma comédia romântica, tudo funciona muito bem neste filme.
Mila vive Jamie, uma caça talentos que convence Dylan, interpretado por Justin, a deixar seu blog na ensolarada Califórnia para assumir a direção de arte de uma revista na selva de pedra Nova  Iorque. Na Big Apple, eles se tornam grandes amigos. Recém-saídos de relacionamentos complicados, eles decidem fazer sexo sem as consequências de um namoro, por isso o título em inglês, amigos com benefícios (Friends with benefits). Como toda comédia romântica deve ser, eles se apaixonam e vivem felizes para sempre.
Mesmo com esta receitinha de bolo, é impressionante como tudo se encaixa. A trilha sonora é envolvente.  Os diálogos entre o casal protagonista são rápidos como o ritmo de uma grande cidade, nada melosos, transmitindo uma química sedutora e quente. As personagens coadjuvantes são ótimas também. Destaque para Woody Harrelson (O povo contra Larry Flint) que vive um editor de esportes  gay mais macho do mundo, rendendo boas tiradas.
Por falar em tiradas, o filme ainda proporciona excelentes sobre geeks, metrossexualidade e as próprias comédias românticas.
Para terminar, literalmente, depois de muitas risadas com filme, se tiver um tempinho e paciência, veja as cenas extras depois dos longos créditos, que mostram os erros de gravação da falsa comédia romântica que Jamie e Dylan assistem durante o filme.
 Assista ao trailer: