Ao assistir a estreia da semana, Os Três
Mosqueteiros, você terá a impressão que já viu este filme. Não somente por ser
mais uma adaptação do clássico de Alexandre Dumas, mas sim pelo o que o diretor
Paul W. S. Anderson apresenta. Aliás, não apresenta, pois os elementos
presentes no filme já são velhos conhecidos do público cinéfilo.
Não tenho nada contra repetir algumas fórmulas de
sucesso, porém tenho a impressão que às vezes não funcionam, não encaixam; como
nesta fita.
Por exemplo, o que é a Milla Jovovich, como
Milady de Winter, uma agente à La Ethan Hunt em Missão Impossível? Ou
habilidosa como outra personagem bem familiar à atriz, Alice, de Resident
Evil (que, aliás, é do mesmo diretor, que coincidentemente é marido de Milla)?
Aonde na história de Alexandre Dumas existem
navios dirigíveis que lutam entre si como em Piratas do Caribe, com
projéteis de canhão que encenam disparos de Matrix?
A trilha sonora das cenas mais dramáticas é
clichê e pífia, diminuindo o ritmo de aventura.
Orlando Bloom, o mocinho Will Turner de Piratas do Caribe, desta vez dá vida a
um exêntrico vilão Lorde Buckingham, e acredito que aí esteja mais uma gafe da
fita: juntamente com o Cardeal Richelieu (Christoph Waltz, o Coronel Landa de Bastardos Inglórios), Buckingham chama
mais a atenção do que os mocinhos.
Aliás, cadê os mocinhos?
Quando os mosqueteiros Athos (Matthew Macfadyen),
Porthos (Ray Stevenson), Aramis (Luke Evans) e o aspirante D'Artagnan (Logan
Lerman) aparecem fazendo o que lhes é esperado, ou seja, lutando com suas
espadas, oferecem cenas bem legais, que por sinal deveriam ter sido mais
exploradas.
A fotografia do filme, ajudada pela composição
rica do figurino de cada personagem, é muito bacana também, passando ao
telespectador toda a magnitude da realeza, desde os jardins, passando pelas
cenas aéreas, e retratando o interior dos palácios. Assisti em 3D, mas achei
dispensável, pois apenas proporcionou um efeito HD.
Tinha assistido ao trailer e me envolvido com um
espírito de aventura, porém perdi esta sensação ao conferir as novidades
tecnológicas demais para não menos fantástica história ambientada no século
XVII de Dumas.
Assista ao trailer:
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